Cobertor

Por: Caroline Evelin (que se nega a fazer um blog, logo colocarei esse texto lindo dela aqui *-*)

Eu aqui, com milhões e milhões de coisas pra fazer mas parece que existe um bloqueio em mim, uma coisa que vai e volta no meu pensamento em frações de segundos e a partir daí me vejo totalmente desconcentrada do mundo e extremamente ligada a você.
Nessa noite fria eu não queria ter muitos cobertores, nem um aquecedor, nem se quer um forno a lenha, o que eu preciso mesmo é de você, dos seus braços, do seu fogo e do seu calor, ou simplesmente da sua presença, que esquentaria e tranqüilizaria tanto meu corpo quanto o meu coração.
É um desejo estranho, algo que vem forte e repentino como um tornado, algo que não consigo controlar nem contar, porque se eu pudesse, ah se eu pudesse ...
Na verdade, se eu pudesse tirar você de mim, te arrancar na minha vida e apagar esses anos da minha memória eu não faria isso, não faria porque de certa forma você me faz bem, você é minha ilusão mais concreta e também a mais distante possível, é o meu sonho impossível que eu posso realizar de vez em quando, e é esse de vez em quando que ainda me mantêm aqui, do outro lado do PC olhando pra você, do outro lado da rua vendo você passar, do outro lado da cama quando timidamente a gente começa a conversar, mas verdadeiramente eu não queria estar do outro lado, lá no fundo o meu desejo mais forte era de estar ao teu lado, pagar pra ver e colocar tudo -ou nada- a prova pra ver até onde tudo iria chegar.
Eu queria ser o sorriso que te faz bem, tanto quanto a lembrança da simples covinha do seu rosto, eu queria que a minha voz te fizesse fechar os olhos e lembrar, assim como quando eu menos espero a sua voz vem pra me “incomodar”, eu queria ser o seu desejo, ser a sua vontade, e se não fosse pedir demais, eu queria ser a sua felicidade...
Mas como sei que tudo isso é utópico demais, eu me contentaria em apenas estar com você, poder tirar de você todo mal e toda dor, ou simplesmente nessa noite fria, eu queria ser o seu cobertor.